Outro dia eu estava conversando com um amigo e ele me contou ter sido vítima de uma grande calúnia; daquelas que a gente não acredita nem por decreto. Não convém contar os detalhes sórdidos da história, pois parece coisa de novela mexicana.
Mas para ele o que mais doía não era a calúnia em si, e sim o fato de uma pessoa muito especial pra ele ter acreditado, sem questionar, numa estória tão fantasiosa e ofensiva. Era um saco cheio de penas que jamais deveriam ter sido jogadas ao vento, pois não dá pra recolher depois.
É incrível como as palavras têm poder. Se forem de incentivo, podem tirar alguém até mesmo de uma depressão; ao passo que uma palavra maldosa, pode mandar a vida de alguem fazer companhia ao Titanic, bem no fundo do atlântico. E foi assim que meu amigo se sentiu.
Já diz a Bíblia que a língua é comparada ao pequeno leme que guia uma grande embarcação.
E como ela tem o poder de mudar destinos, é bom pensar bem antes de emitir opiniões que não tenham real fundamento ou que se baseiam apenas numa conjectura egocêntrica dos fatos. Sem contar que calúnia e difamação podem dar até cadeia.
Tenho certeza que o motivo da calúnia contra o meu amigo, foi motivada por puro egoísmo ou por um tolo ciúme infantil.
Tem gente que pra subir, precisa colocar o outro prá baixo. Pra subir no conceito do patrão, dá rasteira no colega; pra ter moral com um amigo, detona o outro.
Enfim, o que tem de “penas” espalhadas nesse mundo...
Depois dessa história cascuda que ouvi, passei a medir bem o que falo a respeito das pessoas, seja lá de quem for. E se sua orelha estiver esquentando aí, pegue logo essa carapuça e vista-se confortavelmente.
Ah! E já que não tem mais jeito de recolher as penas espalhadas, pelo menos não espalhe mais. O planeta agradece.
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