O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
Através do Fruto do Espírito Santo o caráter de Cristo é
novamente formado no homem. O pecado afetou consideravelmente imagem de
Deus em nós levando-nos a produzir as obras da carne. (Efésios 2.2,3; Gálatas
5.19-21) Entretanto através do novo nascimento, Cristo é novamente formado em
nós e assim somos transformados constantemente de glória em glória, crescendo
na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. (2 Co 3.17,18) A manifestação do
fruto do Espírito Santo diz respeito à nossa santificação. (separação do pecado
e consagração a Deus) É através da manifestação do fruto do Espírito Santo que
a maturidade espiritual torna-se perceptível. Qualquer novo
convertido pode manifestar fruto do Espírito Santo se a sua conversão for
realmente autêntica.
Na Bíblia, em João 15.1,2 Jesus se expressou
assim: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em
mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê
mais fruto.” Ele usou a metáfora da videira para comunicar a necessidade de um
relacionamento vital entre ele e o crente a fim de que haja a produção do fruto
Espírito Santo. Esta é a maneira que evidencia que somos discípulos de Cristo.
(Mt 7.16; 5.13-16) É através do fruto do Espírito Santo que Deus é glorificado
em nossa vida, e assim muitos são abençoadas através de nosso bom testemunho.
(João 15.8) A Bíblia declara que o fruto do Espírito Santo é o amor, o qual foi
derramado por Deus em nossos corações (Rm 5.5) Lendo em Gálatas 5.22
verificamos que o fruto do Espírito pode se apresentar de 9 formas distintas:
1. Amor(gr. ágape) – É o
amor divino para com a humanidade perdida. (Jo 3.16) É um amor imutável,
sacrificial, espontâneo e que nos leva a amar até os próprios inimigos. (Mt
5.46,48)
2. Alegria (gozo)– é o amor
exultante. É uma alegria constante na vida do crente, decorrente de seu
bem-estar com Deus. Este amo se manifesta inclusive nas tribulações. (2 Co 7.4;
At 13.52)
3. Paz– A paz é o amor em
repouso. É uma tranqüilidade íntima e perfeita, independente das
circunstâncias. Podemos desfrutar da paz em três sentidos: Paz com Deus (Rm
5.1; Cl 3.15); paz com o próximo (Rm 12.18; Hb 12.14) e a paz interior. A paz
que guarda nossos corações e os nossos sentimentos em Cristo Jesus. (Fp 4.7) Os
ímpios não tem paz! (Is 48.22)
4. Longanimidade
(paciência)– É o amor que suporta a falta de cortesia e amabilidade por parte dos
outros. (Ef 4.2; 2 Co 6.4) É a paciência de forma contínua. Paulo reconheceu a
paciência de Jesus Cristo para com ele. (1Tm 1.16) Em 2 Coríntios 6.4-6 Paulo
fala da muita paciência.
5. Benignidade –É uma forma de amor
compassivo e misericordioso. É a virtude que nos dá condições de sermos gentis
para com os outros, expressando ternura, compaixão e brandura. A benignidade de
Deus na vida de Paulo impediu de o carcereiro de Filipos de suicidar-se. (Atos
16.24-34)
6. Bondade –É a prática do bem,
o amor em ação. É ser uma bênção para os outros. (Rm 15.14) e alcança o favor
de Deus (Pv 12.2). É o amor generoso e caridoso. Se antes fazíamos o mal agora
Cristo nos capacita para sermos bons para com todos.
7. Fé –Não é apenas crer e
confiar. É também ser fiel e honesto, pois Deus é fiel. (1 Co 1.9) Através
desta virtude o crente se mantém fiel ao Senhor em quaisquer circunstâncias.
Descobrimos se temos esta qualidade quando somos desafiados à infidelidade. É o
amor em sua fidelidade a Deus. (1 Pe 1.6,7)
8. Mansidão –Virtude que nos
torna pacíficos, com serenidade e brandura diante de situações irritantes,
perturbadora e desagradáveis. Antes éramos agressivos e nos irritávamos com
qualquer coisa que nos contrariava. Jesus falou para aprendermos a mansidão com
ele. (Mt 11.29). Ele se conservou manso diante de seu traidor. (1 Pe 2.21-23),
e curou a orelha do servo do sumo sacerdote que fazia parte dos que tinham ido
prendê-lo. (Lc 22.51) É o amor submisso a Deus.
9. Temperança (Domínio
próprio)– Deus respeita o nosso livre arbítrio e por isso não nos domina, mas
nos guia na verdade. Além da orientação do Espírito Santo contamos com o
domínio próprio que atua como um freio contra as paixões da carne as quais vão
contra os propósitos de Deus para nossa vida. De vez em quando somos tentados,
velhas paixões e coisas ilícitas podem bater à porta de nosso coração (1 Co
10.13 ;2 Pe 2.9) mas através dessa virtude o crente avalia e reconhece que a
vontade de Deus é mais importante e assim ele é vitorioso. (Mt 10.37-39). É o
domínio próprio que nos aperfeiçoa em santidade, por isso precisamos cultivá-lo
(1 Co 6.12; 9.25) É o amor disciplinar de Deus. O domínio próprio envolve todas
as áreas de nossa vida: os pensamentos, palavras e atos.
Conclusão: A Bíblia fala de diferentes níveis de
frutificação: fruto (Jo 15.2a); mais fruto (Jo 15.2b); muito fruto (Jo 15.5,8) e o fruto permanente (João
15.16) Todos nós que já possuímos uma aliança com Deus fomos designados para
darmos o fruto do Espírito Santo afim de que sejamos espirituais e não mais
carnais. O caminho para a frutificação é ser sensível à voz do Espírito Santo
em nosso interior. É Ele quem nos impulsiona a buscar a plena vontade de Deus
para nossa sua vida. (Rm 12.1-2; 2 Co 7.1) Por sua vez a busca pela vontade de
Deus envolverá o exercício de nossa fé (fidelidade) e esta opera a maturidade. (Hb
5.14)
Uma pessoa madura
na fé experimenta o melhor de Deus, as coisas excelentes. Em Efésios 5.9,10
lemos: “Porque o fruto do Espírito está em toda
a bondade, e justiça e verdade; aprovando o que é agradável ao Senhor. (Efésios
5.9,10). Vejamos a oração de Paulo pelos filipenses: “E peço isto: que o vosso
amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento, Para que aproveis
as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao
dia de Cristo; Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para
glória e louvor de Deus.” (Filipenses 1.9-11) Este é o plano de Deus para
a restauração do homem a fim de que este venha a cumprir o propósito para
o qual foi criado: glorificar a Cristo.
“Por esta razão, pois, te admoesto
que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos.” (2
Timóteo 1.6)
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