sábado, 16 de setembro de 2006

Como se mede uma pessoa?


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Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.
Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu,
quando trata você com carinho e respeito,
quando olha nos olhos e sorri destravado.

É pequena pra você quando só pensa em si mesmo,
quando se comporta de uma maneira pouco gentil,
quando fracassa justamente no momento
em que teria que demonstrar
o que há de mais importante
entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante pra você quando
se interessa pela sua vida,
quando busca alternativas para o seu crescimento,
quando sonha junto.

É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende,
quando se coloca no lugar do outro,
quando age não de acordo com o que esperam dela,
mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa
reger por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza
ou miudeza dentro de um relacionamento,
pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas:
será ela que mudou ou será que
o amor é traiçoeiro nas suas medições?

Uma decepção pode diminuir o tamanho
de um amor que parecia ser grande.

Uma ausência pode aumentar o tamanho
de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade:
as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos.

Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros,
mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão,
e ao recolhê-la inesperadamente,
se torna mais uma.

O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos
que tornam uma pessoa grande.

É a sua sensibilidade sem tamanho.

Sempre que precisar de um carinho, conte comigo,
minha amizade é de uma sensibilidade sem tamanho...

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